A General Dynamics (em inglês) entregou o primeiro tanque de batalha M1 Abrams para o Exército dos EUA (em inglês) em 1980, mas foi somente em 1991, na operação Tempestade no Deserto, que o mundo avaliou totalmente a capacidade dessa arma. O Exército dos EUA e Corpo dos Fuzileiros Navais enviaram cerca de 2.000 M1s para o Golfo Pérsico e todos, com exceção de 18, voltaram em condições normais de combate. Os tanques avançaram pelo acidentado terreno do deserto e da densa fumaça dos poços de petróleo em chamas, destruindo quase toda a frota de tanques soviéticos do Iraque. Em toda a operação, os americanos não perderam uma única tripulação de M1.
O M1 é o mais eficiente tanque existente porque combina quatro qualidades decisivas:

•mobilidade superior - para atingir o alvo e escapar do ataque
•sensores e controles superiores - para localizar e atingir alvos
•poder de fogo superior - para destruir alvos
•blindagem superior - para resistir a ataques
Neste artigo, examinaremos estes importantes componentes para descobrir como o M1 cumpre sua missão.


Fundamentos do tanque
A Grã-Bretanha desenvolveu o tanque moderno no começo do século XX como resposta à guerra de trincheira. Nas batalhas da Primeira Guerra Mundial, as forças em combate cavavam trincheiras paralelas, fortificadas e protegidas por arame farpado e metralhadoras. Essa estratégia causou grandes baixas em ambos os lados. Para avançar algumas dezenas de metros, os soldados tinham que tomar de assalto a trincheira inimiga, sacrificando dezenas de homens para que alguns pudessem avançar pela lama e pela chuva de projéteis.
Os britânicos e seus aliados precisavam de um "barco terrestre", uma máquina que pudesse avançar através da lama, arame farpado e fogo cerrado para abrir um caminho para a tropa de infantaria. O projeto final tinha seis componentes:
•locomoção sobre lagartas
•motor de combustão interna
•casulo
•torre de tiro
•blindagem
•armamento
A locomoção sobre lagartas funciona pelo mesmo princípio que a correia transportadora. O motor do tanque aciona uma ou mais rodas dentadas de aço, que movem uma esteira fabricada com centenas de elos de metal. As rodas do tanque acionam as esteiras, da mesma forma que as rodas de um carro sobre a rodovia. Os primeiros veículos com esteiras não eram práticos em combate porque seus motores a vapor eram incômodos e não confiáveis. O motor a combustão interna viabilizou os veículos militares com esteiras.
Veículos sobre esteiras podem mover-se facilmente sobre terreno pesado porque a esteira faz contato com uma área maior do solo. Um carro faz contato com o solo somente com a parte inferior dos quatro pneus, mas uma tanque faz contato com dezenas de dentes da esteira. Além disso, a esteira tem bandas de tração pesadas que afundam em superfícies enlameadas e nunca patinam como um pneu.
O casulo é a parte inferior do tanque - o sistema de esteira e um corpo blindado que contém o motor e a transmissão. A função do casulo é transportar a parte superior do tanque, a torre, de um lugar para outro. A torre é uma estrutura blindada que suporta uma ou mais armas - normalmente, um canhão pesado e uma dupla de metralhadoras.
A torre assenta-se sobre um amplo círculo no centro do casulo. Em um projeto convencional, uma engrenagem de dentes retos no casulo (chamada de engrenagem transversal) se encaixa em uma engrenagem interna que acompanha todo o interior da torre. O giro da engrenagem transversal gira a torre no casulo, permitindo que a tripulação aponte o canhão sem precisar girar o tanque. A tripulação também pode manobrar o canhão para cima e para baixo.
Assim que os britânicos puseram em operação sua nova arma, os alemães desenvolveram tanques próprios. Com tanques dos dois lados, o papel da arma mudou significativamente. Em vez de assalto a trincheiras, os tanques atuais combatem outros tanques. Conforme veremos nas próximas seções, o M1 foi projetado especificamente para esse tipo de combate.


Armamento
O armamento primário do M1 é um canhão M256 de 120-mm de cano liso fabricado pela empresa alemã Rheinmetall Landsysteme GmbH. "120-mm" indica que o canhão dispara munição de 120 mm de diâmetro. "Cano liso" indica que o interior do cano é liso, em vez de raiado como a maioria das armas de mão. Armas não raiadas não estabilizam a munição por rotação como as armas raiadas, mas podem disparar salvas em maiores velocidades sem sofrer danos severos.
O M256 dispara diversos tipos de munição de treinamento e de combate. Suas duas principais munições, conhecidas como munição tipo sabot (tamanco) e HEAT (de explosivo de alta potência antitanque), infligem danos de maneiras muito diferentes.
Sabot
Munições sabot funcionam como uma flecha simples: não possuem carga explosiva, mas penetram na blindagem com um momento de deformação. O núcleo da munição tipo sabot é carga de penetração - uma estreita haste metálica (normalmente urânio exaurido - em inglês) com uma ponta afilada na frente e estabilizadores na traseira. Antes do disparo da munição, a traseira da carga de penetração é fixada ao casulo propelente e a parte dianteira à estrutura tipo sabot. A finalidade do sabot é manter a estreita carga de penetração centralizada no cano da arma de maior diâmetro.
No disparo, o casulo propelente fica na câmara e os gases em expansão empurram a carga de penetração para fora do cano. O sabot é fixado à carga de penetração com plástico relativamente frágil, de modo que é expelido assim que a munição sai do canhão. A pesada carga de penetração voa a alta velocidade até seu tanque alvo. Devido a seu perfil estreito, a carga de penetração concentra toda a sua força em uma área muito pequena, atravessando direto a pesada blindagem. Assim que a carga de penetração entra no tanque, fragmentos aquecidos de metal espalham-se em todas as direções, atingindo as pessoas e objetos lá dentro.
HEAT
As munições tipo HEAT usam explosivos potentes, em vez de momento, para penetrar blindagens. Em sua ponta, a munição possui um sensor de impacto antecipado. Quando o sensor colide com o alvo, ele inflama um explosivo, que derrete o cobre em volta. Um molde para dar forma à carga concentra o metal derretido e os gases quentes em um jato que corta a blindagem.
O M1 também possui três metralhadoras: uma Browning M2 de calibre .50 e uma M240 de 7,62 mm, montadas em cúpulas na parte superior da torre, e outra M240 montada ao lado do canhão.
O que há de mais ousado no armamento do M1 é seu avançado sistema de controle de fogo. Uma série de sensores monitora constantemente a inclinação do tanque, os movimentos da torre e as rajadas de vento e um computador ajusta o canhão para mantê-lo apontado para o alvo. Com esse sistema, o M1 pode mirar outros tanques enquanto se move. Tanques menos sofisticados precisam parar para atingir alvos com confiabilidade.

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